Consciência antiga

   Ontem passou a reprise de jornada nas estrelas 4, aquele episódio em que a terra é atacada por uma sonda alien que só irá embora quando receber uma resposta na linguagem das baleias, já extintas no século 23, e a tripulação da enterprise tem de se virar para voltar no tempo em uma nave Klingon e trazer um casal de jubartes. Quem é maior de trinta, como eu, deve se lembrar dos seriados, filmes e tudo mais, eu gosto até hoje e sempre assisto quando posso! Mas o que me chamou a atenção foi a data de produção do filme, 1986.
   Agora sente o drama! O já falecido criador da série, Gene Roddemberry, usava star trek para ilustrar situações cotidianas e, eventualmente, criticar algo absurdo, em um ambiente espacial, é claro. O que ele não sabia é que passados 26 anos do episódio 4, ainda não entendemos a mensagem do filme e seguimos com o extermínio de todas as espécies de baleias. A missão agora é nossa, e não devemos abrir mão dela, só assim salvaremos, não só as baleias como nós mesmos.

Último herói

   Bandeira a meio mastro, pessoal! Perdemos no último dia 24 um dos maiores tesouros do mundo moderno. George, a tartaruga gigante de Galápagos, deixa esta vida e muitas saudades! Centenária, solitária e a última criatura vivente que sentiu, no casco, as mãos de Charles Darwin, o famoso naturalista.
   A sua subespécie é oficialmente extinta, já que todas as tentativas de reprodução falharam. Espero que a humanidade tome isso como exemplo! A sua extinção foi culpa de nossos antepassados, que colonizaram todo o seu espaço e introduziram animais estranhos em seu habitat, modificando toda a cadeia alimentar original daquelas ilhas. Infelizmente não aprendemos com nossos erros, foi assim com o mamute, o dodô e muitos outros, que , como George, só queriam uma única coisa: Continuar existindo... Vá em paz, velho amigo!

Acorda, meu povo!

   Cá estou, senhores. Sumido por muito tempo, mas firme no intuito de abrir os olhos da sociedade que teima em não enxergar o que está acontecendo. Não é Carnaval, nem época de Big Brother, mas o espetáculo não pode parar... é a RIO + 20... 20 perturbar o trânsito, 20 fazer de bobo, 20 mostrar que aquele documento zero fará jus ao nome que leva e será inconclusivo, isto é, terá valor zero. Sei que é difícil mudar o mundo, mais difícil ainda arrumar quem pague por tudo isso, já que "a conta" passa da casa dos bilhões, mas não é necessário que nos tratem como tolos, pois queremos soluções concretas e não um jogo de fingimentos à portas fechadas. Que nossos líderes abram as portas, suas mentes, e que a sociedade pare de pensar medíocre e abra seus olhos.